Quadrinhas Hohenses
Em homenagem ao Dia Mundial da Poesia, que é hoje, e ao Dia Mundial da Falta de Sentido, que é, bem, todo dia.
Eu fui à padaria
pra comprar uma panela
Cheguei lá, não vi a porta
E bati a cara nela.
Meu nariz ficou doendo
Porém sangue não correu.
Daí entrei dizendo
"Um tapado, este sou eu".
"Bom dia meu amigo",
disse-me o vizinho Jão.
Mas lá estava de faxina
E, portanto, caí no chão.
Mas já em casa, eu pensei
Olhando pela janela:
"Mas o que eu vou fazer
com essa linda panela?"
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Meu grande amigo, eu sei
que olhando para a panela
não pode ser outra coisa
que não seja cravo e canela
digo que não, e digo mais:
com panela se fazem cintos,
nem coloridos, nem distintos
para embelezar os animais!
Em fogo brando é só adicionar
3 colheres de fermento
2 porções de barbará
mexa com vigor
que pra não desandar
Sinto muito, meu amigo
A sopa já desandou
pelos mares navegou
Até encontrar um umbigo.
Querem escrever, por favor?
Aqui falo sozinho?
Tenho um peixe voador
E geléia em saquinho.
Mas porque se revolta, amigo?
Dizem, até mesmo em precipício:
"Andorinhas unitárias não são solstício.
Portanto, caro mancebo, cante comigo:
"As panelas de macarrão
São boas também pra feijão."
Panelas de cobre ou latão
não servem pra fazer feijão
Panelas de alumínio
não servem para o Plínio
minhas rimas estão mortas,
minhas frases não tem nexo
quando as cores soam tortas
todos precisam de um amplexo.
Cuido bem da sua urgência,
confesso com certo acanho
Mas só se depois do dito feito
Eu ganhar um beijo desse tamanho:
:***
Como é brega o lindo amor
Com rimas frouxas por ali
Melado derramado acolá
Dessa mistura meio estranha
Pouco resta se não pamonha
Cozida na panela de pressão
Não de cobre,
Mas sim de latão
Sou brega sim, admito,
mas só em certa companhia
pois pra dizer tudo que sinto,
uns cem anos eu gastaria.
Somos dois, meu caro amigo.
Pois eis nossa felicidade:
Cem anos teria o discurso
Mas o amor, à eternidade.
(Saudade da Camila que está em GV desde o dia 28.03.)
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